terça-feira, 31 de julho de 2012

Jogos de Empresas


Simulações empresariais têm por objetivo treinar universitários, docentes, profissionais da área de administração e empresários na gestão de negócios. Dentro de um ambiente de mercado simulado, o jogador tem a oportunidade de visualizar vários aspectos que interferem na gestão e na estratégia mercadológica de uma empresa, vivenciando uma atividade altamente participativa e que efetivamente permite a aplicação da teoria. Sendo assim, raciocínio lógico, velocidade de raciocínio, capacidade de solução de problemas, domínio de ferramentas como planilha eletrônica e calculadora financeira, e conhecimento em áreas como estratégia, administração mercadológica, produção, logística, finanças e marketing são de grande valia para o bom aproveitamento dos trabalhos.
Jogo de empresas – também conhecidos como jogos de estratégia – exercitam conhecimentos como: interpretação de pesquisas de estratificação de mercado, definição do plano de compra e venda de produtos, análise de custos e formação de preços, decisões sobre o plano de marketing, serviços que agregam valor ao cliente, controle de investimentos com base no fluxo de caixa e a interpretação de indicadores de desempenho. O jogo ainda se estende para a área contábil-financeira através da leitura e interpretação do demonstrativo de resultado, do balanço patrimonial e de índices financeiros.
Muito embora as áreas de conhecimento mencionadas acima sejam exercitadas durante o jogo, o fato do participante não dominá-las não impede o andamento dos trabalhos. As decisões devem ser tomadas, mesmo que não tenham como base um acompanhamento operacional e financeiro mais técnico. Neste sentido, o participante pode se utilizar de qualidades como experiência profissional, percepção mercadológica e intuição. Ao final, este terá usufruído do contato com as áreas de conhecimento comentadas anteriormente até mesmo sem conhecê-las. Mesmo, ainda, que as decisões tomadas levem a um resultado negativo, o jogador leva consigo não apenas o exercício de gestão de uma empresa, como também experiências relacionadas a situações que certamente merecerão atenção dobrada na vida real.

sábado, 17 de setembro de 2011

A Evolução do Plágio

Todos sabemos que a internet, apesar de ter democratizado a informação, não tem apenas conteúdo útil ou verdadeiro. Seguindo a lógica do antigo adágio que diz que “quem ouve um conto, aumenta um ponto”, na internet esse conceito ganha asas, o que faz com que notícias, por exemplo, saiam do âmbito da realidade para o da ficção em um estalo de dedos.
Diferentemente do passado, quando nós tínhamos de memorizar páginas e páginas de conteúdo para fazer as provas no final do bimestre, hoje esse conteúdo está disponível online, e a pergunta que o aluno do fundamental se faz é: “para que memorizar tanto conteúdo, se o que eu precisar eu encontro no google?”. E é verdade, embora concordemos que todos necessitamos de uma determinada parcela, mínima, de informação sempre a disposição em nossa mente para podermos atuar como seres humanos inteligentes e vivendo em sociedade.
Com tanta disponibilidade de dados, a velocidade e facilidade com que conteúdos são copiados e replicados acaba por, às vezes, colocar em dúvida quem realmente criou e quem copiou, o que em nosso vernáculo é conhecido como plágio. Mas não podemos creditar apenas à internet o uso do plágio. Durante o ensino fundamental ou médio, quando não havia internet, nós alunos de décadas anteriores a de ’90 utilizávamos os livros e enciclopédias impressas para copiar conteúdo em atendimento aos deveres escolares. É bem verdade que, a princípio, o intuito dos professores é que aprendamos através da cópia e repetição, o que realmente funciona, mas com o passar do tempo e, principalmente, durante o ensino médio, essa é uma metodologia que deve ser descartada e dar lugar a metodologias ligadas à interpretação, descrição, resumo e síntese de textos. O objetivo, portanto, seria acabar com o velho hábito da cópia e criar no aluno do ensino médio ou superior não apenas o hábito da compilação e síntese de idéias, como despertar no profissional que está entrando no mercado de trabalho a curiosidade e a criticidade, habilidades fundamentais para quem necessita navegar com propriedade nesse emaranhado de informações que é a internet, sem se perder e sem utilizá-las indevidamente.
A verdade, no entanto, é que muitos alunos chegam à universidade sem exercitarem a forma correta de utilização do que encontram na internet, e mediante tanta facilidade e disponibilidade, acabam fazendo da cópia a solução para suas atividades acadêmicas, o que traz uma conseqüência extremamente nociva: a possibilidade deste acadêmico entrar no mercado sem ter exercitado a capacidade de identificação de situações problema, levantamento de causas, avaliação de opções e aplicação de uma solução, a rotina primária da resolução de problemas e tomada de decisão, habilidades fundamentais para quem quer evoluir em um mercado cada vez mais competitivo.
E você, caro leitor, acha que o plágio deve realmente ser combatido, ou será que tudo isso não passa de um devaneio docente?
Jefferson Dias